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Eventos Internacionais
A cada dois anos, em alternância entre um ou outro lado do Atlântico, um Encontro internacional reúne os membros da IF e da Escola ao redor de um tema fixado desde o Encontro anterior.
Cada Encontro é também ocasião para reunir os membros, durante um dia e meio, nas assembléias da IF e da Escola. Essas assembléias têm por vocação ajustar a orientação e o funcionamento à experiência e à evolução das situações.
Palavras de Colette Soler no coquetel comemorativo no Hotel Havana na quinta-feira, 13 de setembro : Vidéo Youtube
Vinte anos terão sido atravessados desde a criação da Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano, depois da iniciativa lançada em Barcelona em julho de 1998, novo passo que, seguindo o caminho traçado por Sigmund Freud e Jacques Lacan, adveio como movimento de contra-experiência visando a criação de uma Escola de Psicanálise que nasceu, efetivamente, em 2001.
Vinte anos depois, nós nos reencontraremos novamente em Barcelona, aqueles e muitos outros, por ocasião do X Encontro Internacional da l’IF-EPFCL e do VI Encontro Internacional de Escola. Dispomos do essencial: o empuxo do desejo da Comunidade internacional, o compromisso dos Fóruns de Barcelona e do resto da Espanha para que sua organização chegue com segurança à realização, e o título do Encontro que funcionará, até lá, como eixo estruturante do trabalho dessa Comunidade.
“Os adventos do real e o psicanalista”. Um título enigmático em razão de sua semântica de “adventos”; em razão de seu plural – pluralidade que remete à diversidade dos elementos do real bem como às suas diferentes acepções, desde “o que retorna sempre ao mesmo lugar”, fazendo obstáculo ao bem-estar, até o real que pode transbordar –; enigmático ainda pela complexa relação entre ambos os termos, pela dependência do segundo em relação ao primeiro, mas não só isso... Se, como Lacan o afirma em “A Terceira”, o futuro da psicanálise depende do que advém de real – e não ao contrário –, quais são as consequências desses adventos – sustentados pelo discurso científico – para os laços sociais e, em particular, para o discurso analítico, aquele que adere o analisante ao par analista-analisante? Um título, então, que nos faz questão, nos mantém despertos, um título que nos fará trabalhar.
Não há advento de real que não venha truncar a ilusória e esperada vivência de continuidade no falasser, quer se trate do traumatismo do Outro como constituinte, do real do gozo do corpo, do acidente, ou ainda, disso que produz o avanço da ciência. O que quer dizer que todo advento do real implica um efeito, efeito imediato que é de afeto – a angústia – ou efeitos mais silenciosos, incalculáveis, que se difundem no social e que, constatamos, não cessam de produzir novas segregações. Não está nas mãos do psicanalista reduzir os adventos do real; o psicanalista pode responder – nos diz Lacan – contrariando-os.
Rosa Escapa e Ramon Miralpeix, Coordenação geral
Comissão Científica : Sandra Berta (Br), Rithée Cevasco (Es), Diego Mautino (It), Silvia Migdalek (ALS), Patricia Muñoz (ALN), Susan Schwartz (Z.angl.), Colette Soler (Z.franc.).
Comissão de Organização : Jacky Ariztia, Jorge Chapuís, Carme Dueñas , Rosa Escapa, Ana Martínez, Ramon Miralpeix , José Sánchez , Teresa Trías.