Internacional dos Fóruns
Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano

A Internacional dos Fóruns

Apresentação

A Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano confedera as atividades dos Fóruns do Campo Lacaniano. Os Fóruns encontram sua origem mais remota na dissolução da Escola de Lacan, a EFP, em 1908. O principal objetivo dos Fóruns é sustentar uma Escola de Psicanálise que permita assegurar o estudo da psicanálise e orientar sua prática. A Escola foi criada em Paris, em dezembro de 2001, por ocasião do segundo Encontro internacional dos Fóruns.

Os Fóruns velam por assegurar a repercussão e a incidência do discurso analítico no nosso tempo, por manter as conexões com as instituições de saúde, com as práticas sociais e políticas que se defrontam com os sintomas da nossa época, e os laços com outras praxis teóricas (ciências, filosofia, arte, religião) que implicam o sujeito.

A Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano, orientada pelo ensino de Freud e de Lacan, tem por objetivo específico o retorno às finalidades da Escola de Lacan: apoiar a elaboração e a transmissão da psicanálise, a crítica de seus fundamentos, a formação dos analistas, a garantia de sua qualificação e a qualidade de sua prática.

A IF-EPFCL está, portanto, em relação com as Formações Clínicas do Campo Lacaniano, especificamente, os Colégios Clínicos cujo ensino se consagra à teoria da clínica analítica, para interrogar seus fundamentos e seu alcance prático.

Posição da IF

Os debates intensos na França e na Itália sobre a questão do casamento de homossexuais e de seus direitos à adoção são signos da constante evolução das sociedades no que diz respeito à organização social da família.

A partir de suas evoluções, cada sociedade define as normas relativas à organização social da família e da orientação sexual dos indivíduos.

O poder político, quando é chamado a legislar sobre esses temas, faz apelo àqueles considerados especialistas para essas questões.

Nessas ocasiões o psicanalista pode ser solicitado com o objetivo de esclarecer certas escolhas dolegislador.

Se ele responder, não pode fazê-lo senão a título pessoal e ao seu próprio risco.

Ele não pode comprometer a Escola da qual é membro, seja qual for sua posição.

Efetivamente, a Psicanálise não defende nenhuma norma, seja ela social ou sexual, nem tampouco qualquer prática dita fora da norma. Ela considera que não podemos nos pronunciar a favor de uma forma de organização familiar sob pretexto de que essa seria superior a outra, nem contra uma orientação sexual de nenhum tipo.

A norma, e, portanto, dita normalidade, não é um critério que orienta a cura analítica, a qual acolhe sem um a priori qualquer sujeito que a solicita com o objetivo de encontrar uma solução a seu sofrimento, elucidando o tormento de seus sintomas.